Com a rápida expansão da pandemia do novo coronavírus pelo Brasil, o modo de vida das pessoas mudou, nossos meios de relacionamento foram afetados e, é claro, o jeito que fazemos compras também.
Focando no mercado de alimentos, hoje vamos falar sobre os impactos que o COVID-19 trouxe para o setor alimentício e como os empreendedores brasileiros estão tentando frear as consequências do isolamento social para mandar bem durante a crise!
Mudança de comportamento das pessoas
Para falar sobre o impacto do COVID-19 no mercado alimentício, é muito importante entender como ele afetou o modo de vida das pessoas. Afinal, o comportamento dos consumidores que é o motor de qualquer segmento de consumo ou serviço.
Primeiramente, as medidas de isolamento social empregadas fizeram com que a maioria das atividades do nosso cotidiano fossem afetadas, desde ir até a panificadora comprar um pão, até ir ao mercado fazer as compras do mês.
O consumidor, em quarentena, busca reduzir ao máximo o contato físico com outras pessoas. Assim, o comércio eletrônico começou a entrar ainda mais em cena e, com o maior aprendizado do público e maior comodidade de compra, provavelmente continuará em alta mesmo após a pandemia.
Influência do COVID-19 no varejo
Antes de analisarmos o impacto do COVID-19 no mercado alimentício de varejo, devemos perceber que podemos tanto entender a influência do novo coronavírus no início da pandemia, quanto as mudanças a longo prazo que ele pode provocar.
Como você já deve ter ouvido, a pandemia não só mudou nosso modo de vida neste momento, como deixará diversas modificações em nosso comportamento muito depois de ela sumir!
Impacto imediato
O primeiro e mais notável impacto nos gastos do consumidor foi direcionado à alimentação. Assim que o surto do novo coronavírus começou a explodir, grande parte da população correu aos mercados para assegurar os mantimentos básicos durante esse período.
Esse comportamento também foi notado na quarta edição da pesquisa realizada pela Opinion Box sobre o impacto nos hábitos de consumo da população por conta do COVID-19. Os dados apresentados mostraram um grande crescimento no número de pessoas que achavam que estavam gastando mais com alimentos a partir do início da pandemia.
Para confirmar esse aumento de consumo, como apresentado em pesquisa realizada pela Cielo, ocorreu um crescimento constante no consumo do setor de supermercados durante os meses de março e abril. Nas semanas iniciais à pandemia, houve principalmente um acréscimo na procura de arroz, feijão, leite e açúcar, de acordo com a Nielsen Brasil.
Apesar disso, os dados de varejo totais, apresentados na mesma pesquisa da Cielo, mostraram queda constante desde a primeira semana de março.
Assim, percebe-se que os brasileiros realmente apresentaram um maior gasto em alimentação nesse período, mas focaram em suprir e armazenar mantimentos mais básicos e deixaram outros gastos comuns de lado.
Impacto ao longo do tempo
Apesar do boom inicial de compras de mantimentos, principalmente em supermercados, o segmento de varejo continuou a decair em resultados ao longo do tempo.
Na mesma pesquisa realizada pela Cielo, podemos constatar uma queda de 30,1% no faturamento nominal do varejo total, considerando o período acumulado desde o começo de março até a primeira semana de maio. Além disso, essa primeira semana de maio também constatou a primeira queda dos supermercados desde o início da pandemia – redução de 9,1% no período.
Outra influencia muito forte percebida nesse momento, como falei anteriormente, é a alta aderência dos consumidores ao comércio eletrônico. Muitas pessoas que nunca tiveram contato com esse formato de compra estão descobrindo todas as suas vantagens em comparação ao comércio tradicional e provavelmente continuarão comprando online após a pandemia.
[rock-convert-cta id=”10938″]
Impacto do COVID-19 no mercado alimentício de pequenos negócios
Com foco nos pequenos negócios, foi possível notar uma grande mudança de funcionamento deles nesse período.
Pesquisas do SEBRAE sobre os impactos do novo coronavírus nesses segmentos constataram que quase 50% dos entrevistados estavam fechando seus negócios por tempo indeterminado – muitas vezes por determinação do Governo.
Além disso, outros 43% se adaptaram para trabalhar em horário reduzido, ou em entregas por delivery, home office, com rodízios de funcionários ou por drive thru.
Sendo assim, em outras pesquisas do SEBRAE sobre a influência do COVID-19 por setores de pequenas empresas, foi relatada a queda do faturamento de serviços de alimentação desde o início da pandemia e de forma constante (principalmente por conta das mudanças que enfrentaram, além de muitos fechamentos).
Como eu posso diminuir o impacto da crise nos meus negócios?
Pensando em todos os dados apresentados, é natural ficar com medo do futuro que seu negócio pode ter. Mas, mesmo em meio à crise, muitas empresas estão se renovando e trazendo a melhor experiência para o cliente.
Para te ajudar nessa mudança que o setor vem sofrendo, trouxe dicas quentes que com certeza podem ajudar a diminuir o impacto do COVID-19 no mercado alimentício e no seu comércio!
Segurança alimentar
O primeiro ponto e, provavelmente, o mais essencial é a segurança dos alimentos produzidos.
Apesar de não ser comprovada a transmissão do COVID-19 pelos alimentos, o mau manuseio desses produtos e falta de higienização podem aumentar as chances de infecção pelo vírus – principalmente em embalagens e superfícies que as pessoas possam ter entrado em contato.
Para reduzir esse perigo, seguir as recomendações dadas pela ANVISA relacionadas à produção de alimentos e o novo coronavírus podem auxiliar nesse processo.
Além disso, utilizar e cumprir com as legislações impostas por esse mesmo órgão são importantíssimas (mesmo fora da quarentena), como elaboração e utilização de Manuais de Boas Práticas de Fabricação.
Quer saber mais sobre esses documentos de BPF? Acesse o link!
[rock-convert-cta id=”12840″]
Delivery
O segundo passo para superar os maiores danos da crise é adequar seu processo de vendas ao comércio online.
De acordo com dados da Opinion Box, em sua 6ª edição das pesquisas sobre o impacto do COVID-19 nos hábitos de compra e consumo da população, notou-se que o delivery vem ganhando cada vez mais espaço na vida das pessoas.
Das respostas obtidas, foi possível observar um crescimento de 26% do número de usuários de supermercados e farmácias online desde o início da pandemia. Já para delivery de comida, ocorreu um aumento de 14% do número de usuários.
Sendo assim, esses números revelam novos hábitos, como dito anteriormente, de compra online de produtos pelos brasileiros – principalmente pela preocupação com locais públicos. E esses hábitos digitais têm a tendência de continuar crescendo ainda após a quarentena.
WhatsApp Business
Você conhece o WhatsApp Business? Essa é uma plataforma que facilita a comunicação entre empresas e os seus clientes.
Você pode instalar o aplicativo em seu celular e utilizar das ferramentas como criação de um perfil comercial, utilização de respostas rápidas e mensagens instantâneas quando entrarem em contato com você, por exemplo.
Quer saber mais sobre esse app? O SEBRAE preparou um conteúdo com nove dicas para utilizar o WhatsApp Business!
Invista em um diferencial
Por fim, é muito importante que, mesmo nesse período conturbado, você consiga levar a melhor experiência para o cliente e transmita os valores da sua marca aos consumidores.
É fácil perceber que muitos negócios estão vendendo por delivery, tomando ainda mais cuidado com a higiene, mas as pessoas ainda tem vontade de sair jantar com a família ou degustar um doce numa panificadora. Como você pode trazer essa sensação para elas e ser um diferencial?
Nesse período, restaurantes estão inovando em seu atendimento e, junto com a comida entregue, estão distribuindo dicas das melhores formas de degustar aqueles pratos. Outros estão adaptando seu cardápio para funcionar melhor com o processo de entregas e enviando mensagens personalizadas de empatia para cada cliente que compra seus produtos.
Refletir sobre seu serviço e como você pode auxiliar os clientes em tempos de pandemia – tentando minimizar seus prejuízos – é muito importante para conseguir manter as portas abertas.
Gostou do conteúdo? Comente aqui em baixo quais as maiores dificuldades que seu comércio está sofrendo para que possamos nos ajudar!
