Não há como negar que 2020 foi um ano muito intenso e desafiador. Com a chegada da pandemia do COVID-19, mudanças sociais e comportamentais ocorreram no cotidiano das pessoas. Sentimentos mais aguçados (como estresse e ansiedade), interações sociais prejudicadas e preocupação mais holística do bem-estar são alguns dos exemplos.
Nesse sentido, a crise global de saúde e da economia acabou refletindo nos hábitos e no estilo de consumo da grande maioria da população, além no modelo de negócio de diversas organizações. Dentre essas novidades, houve uma maior demanda por alimentos, bens e serviços que melhorassem nossa saúde física e mental.
Como resultado, marcas enxergaram isso como uma grande oportunidade única de inovar, melhorar, desenvolver novos produtos e de se destacar! E um desses grandes protagonistas foi o setor alimentício. Sendo assim, confira as principais tendências no mercado de alimentos em 2021 que podem auxiliar na alavancagem do seu negócio!
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Crescimento no Setor Alimentício
A indústria de alimentos e bebidas é um dos que mais acarreta no estabelecimento de um saldo positivo na balança comercial brasileira, mas também, contribui para uma participação significativa do PIB nacional.
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos (ABIA), o ano de 2017 atingiu um faturamento de R$ 642,2 bilhões, um valor correspondente a 9,8% do PIB brasileiro. Já em 2018, houve um crescimento de 2,08% no faturamento (9,6% do PIB) em relação ao ano anterior. Por fim, em 2019, um aumento de 6,7%.
Para 2020, por mais que ninguém previsse direito o impacto do coronavírus, no primeiro semestre houve, ainda assim, um crescimento de 0,8% no faturamento em relação ao mesmo período em 2019. Tal resultado é consequência do aumento das exportações e do consumo de alimentos dentro de casa.
Mudanças de Comportamento com a Pandemia
Saber que o crescimento mais tímido em 2020 sucedeu pelas alterações de comportamento das pessoas devido ao surgimento do novo coronavírus não é novidade para ninguém, certo? Dentre tantas mudanças, podemos citar algumas delas:
- Busca por alimentos mais saudáveis e balanceados, que, sobretudo, ajudassem no sistema imunológico;
- Maior atenção em higienização e boas práticas de fabricação;
- Aumento no preparo das refeições em domicílios, em virtude do confinamento imposto pela quarentena;
- Redução de interações sociais e frequentação a locais públicos, graças ao distanciamento físico;
- Maior conscientização quanto ao desperdício de alimentos, em função das implicações morais e financeiras;
- Maior preferência pelo comércio eletrônico;
- Com a redução ou perda total da renda, o poder de compra ficou mais restrito e essencial. Logo, a priorização por alimentos mais acessíveis e com o tempo de validade maior elevou;
- Devido aos problemas ambientais ocorridos durante o mesmo período em 2020, surge a preocupação em consumir produtos que não causem tanto impactos negativos ao meio ambiente.
Tendências para 2021
Ao compreender todas essas grandes e aceleradas mudanças, muitas empresas já anteciparam seus planejamentos e mudaram o foco de seus esforços para o futuro. Em 2021, avistam uma virada positiva desse cenário e buscam beneficiar das oportunidades pós-crise.
Contudo, caso seu empreendimento ainda não tenha se antecipado para essa ocasião, separei algumas tendências de consumo no mercado alimentício que podem auxiliar à sua marca a inovar e ser um diferencial nesse novo ano. Confira abaixo!
#01 Maior Atenção à Saúde Física e Mental
Segundo a Innova Market Insights, em 2020, 6 em cada 10 consumidores procuram por alimentos que auxiliam na saúde imunológica. Dessa forma, a busca por alimentos com ingredientes naturalmente benéficos elevará cada vez mais.
O desejo de atuar na saúde física e mental através de alimentos e bebidas está gerando novas oportunidades para o desenvolvimento de produtos ricos em nutrientes, naturais, que ajudam no sistema imunológico, melhoram no humor e/ou mantenham a energia. Funcionais, integrais, fitness, sem açúcar, sem glúten, sem transgênicos, nem conservantes químicos, tampouco os ultraprocessados são alguns dos exemplos.
Além disso, na pandemia, alguns comportamentos foram bastante evidenciados, como o aumento do consumo de alimentos cítricos. Essa demanda é devido à vitamina C que protege de gripes em geral. Outra mudança está relacionada à saúde intestinal e a busca por produtos de fácil digestão ou que as ajude no processo digestivo. Mas também, um consumo maior por alimentos ricos em vitamina D, combinada juntamente com exercícios físicos e exposição ao sol. Tal prática visa evitar as doenças causadas pela deficiência desse nutriente, como o raquitismo e a osteoporose.
Por fim, o estresse desse período está levando às pessoas a consumirem alimentos e bebidas com cores brilhantes e estimulantes, assim como produtos com sabores nostálgicos e familiares.
#02 Crescimento do E-commerce
Com as lojas físicas fechadas por conta do novo coronavírus, muitas pessoas recorreram às compras online. Desse modo, o e-commerce no Brasil registrou um aumento de 47% no primeiro semestre de 2020 comparado ao mesmo período de 2019 (maior alta em 20 anos).
As expectativas para que isso ocorra em 2021 são altas. Quem resolveu readaptar e investir nesse modelo de vendas, entrou para ficar. Com esse fenômeno sucedendo, houve um crescimento do número de consumidores e novos públicos-alvo, consolidação de comércios eletrônicos locais e melhorias na logística do operacional e na agilidade das entregas.
Mas também, com a quarentena obrigatória, muitas pessoas precisaram realizar suas refeições em suas próprias casas. Como consequência, o delivery por comida pronta aumentou, bem como a compra online dos ingredientes para o preparo dela.
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#03 Reinvenção dos Estabelecimentos Físicos
Infelizmente, comer e beber fora em 2021 possivelmente não será tão caloroso como acostumava ser. Vamos dar um até logo aos buffets e dar as boas-vindas aos QR codes para pedidos sem toque e pagamentos!
Com a redução de interação física e a necessidade de distanciamento físico, os espaços físicos de serviços de alimentação também precisaram se readaptar. Seja criando cardápios virtuais, separando as pessoas com barreiras de vidro, aumentando a quantidade de mesas na área externa e aberta, servindo a sua própria comida ou bebida ou criando a opção de retirada no balcão (take away). O desafio é criar ainda uma experiência social calorosa seguindo todos os protocolos de saúde.
Ainda, devido ao essencialismo e/ou renda mais baixa, as pessoas deixarão de buscar tantos pratos sofisticados e caros. Portanto, os restaurantes necessitarão reequilibrar seu modelo de negócios para que suas portas não fechem.
#04 Impacto Ambiental e Foco na Sustentabilidade
De acordo com a ADM, cerca de 65% dos consumidores globais gostariam de impactar positivamente no meio ambiente através das suas ações. Isto acaba levando a 32% deles comprarem produtos sustentáveis. Além de que essa pauta foi muito levantada durante o período do aumento das queimadas ocorridas no país e as mudanças climáticas sofridas devido ao aumento da temperatura do planeta.
Tais problemas trouxeram o surgimento de vários movimentos pelo mundo que buscam conscientizar o coletivo a respeitar mais o meio ambiente. Um deles é o consumo de alimentos orgânicos, que vem crescendo muito a cada ano, assim como os adeptos ao vegetarianismo e veganismo.
Essa crescente conscientização levou as empresas manifestarem seu compromisso com a sustentabilidade tanto no produto final, quanto na compra responsável e os meios de produção, gerando mais valor e credibilidade às suas marcas.
Como reflexo de tudo isso, atrelado às implicações morais e financeiras, a percepção e a preocupação com desperdícios também elevaram. A tendência é não reduzir a geração de lixo apenas, mas também pensar em como esses resíduos podem ser reaproveitados.
Para saber mais sobre o significado e a importância da sustentabilidade no ramo alimentício, preparamos um post especialmente para você!
#05 Transparência em Primeiro Lugar
Posição exata do Top Ten Trends para 2021 do Innova Market Insights. Os consumidores estão frequentemente mais interessados em saber o que estão ingerindo, sobretudo os ingredientes que compõem os produtos alimentícios.
Parece que até própria Anvisa entendeu o recado, ao estabelecer, em 2020, novas normas para a rotulagem dos alimentos embalados.
Sendo assim, os empreendimentos que adotarem uma comunicação mais clara e entregue as informações com máxima transparência certamente estarão a frente.
Sabendo que essas tendências estão ganhando força em 2021, a EJEQ está preparada para oferecer as melhores soluções, a fim de atender às necessidades dos nossos clientes em um mercado em constante mudança. Entre em contato conosco e expanda ainda mais o seu mercado!